Respostas

Estas são as resposta que o nosso grupo daria:

1. Não, porque os mecanismos do nosso sistema monetário mundial têm produzido grandes consequências das quais sobressaem:

€ A necessidade de consumo cíclico, fazendo com que produtos e serviços sejam constantemente comprados e vendidos, independentemente da qualidade e do desperdício;

€ A abundância da escassez, querendo isto dizer que os bens e serviços são deliberadamente feito escassos para assegurar o lucro dentro da equação de oferta e procura;

€ A prioridade do lucro, denotando a vasta corrupção comum no mundo devido à necessidade de se gerar rendimento;

€ Manipulação fiscal, referindo-se ao modo como os sistemas de bancos centrais do mundo trabalham para controlar a economia para o benefício das suas corporações constituintes e do poder instituído;

€ Desequilíbrio social e injustiça social, o que faz com que exista extrema pobreza e falta de oportunidades para uns e riqueza, poder e muitas oportunidades para outros;

€ Uma crise que condiciona e limita as hipóteses de muitos cidadãos e hierarquiza ainda mais a sociedade.

 

2. Nós não pensamos que exista uma lei rígida na atribuição dos preços dos produtos. No entanto, sabemos que, uma das coisas mais importantes, se não a mais importante, é o número de produtos disponíveis no mercado. Como se sabe hoje em dia o mercado é regulado pela lei da oferta e da procura pelo que quanto menor for a quantidade de produto existente maior vai ser o seu preço. Imaginemos que acordarmos um dia e, hipoteticamente falando, apenas existem 1000 maçãs no mundo inteiro, sem a possibilidade de se plantarem mais, o valor dessas maçãs subiria disparatadamente, pois elas são agora extremamente escassas. Obviamente que tanto a qualidade do produto como o preço da sua extracção são extremamente importante na atribuição dos preços, mas nem sempre têm tanta influência, como se pode ver pelo exemplo.

 

4.

1) O Nosso grupo responderia b.

Os seres humanos estão a ser cada vez mais substituídos por máquinas automatizadas na força de trabalho, causando desemprego e, por isso, uma redução no poder de compra. Consequentemente, estamos agora a ver uma asfixia deliberada e uma retenção do desenvolvimento tecnológico, a bem de manter as pessoas empregadas.

É como ter um berbequim eléctrico disponível durante um emprego, mas em vez disso, usar um berbequim manual porque se quer ser pago por mais horas. O problema para além de ser o de não se estar a evoluir, é também o facto de quando esse produto for para o mercado vai ser muito mais caro do que poderia ser. Isto porque com este sistema vão ser produzidos menos produtos e vão demorar mais tempo a ser produzidos.

Isto pode ser traduzido num aumento gigante do preço do produto porque a empresa vai receber menos (produz menos produtos) e vai pagar mais (mais horas de trabalho). Não é nada senão absurdo e irresponsável abrandar e ignorar o desenvolvimento tecnológico, de forma a preservar um sistema social desactualizado, porque não estamos de modo algum a reparar o problema só o estamos a piorar e a adiar este.

 

2) Apesar de ser um tópico muito complicado nós pensamos que este tipo de sociedade é viável. No entanto existe uma grande complicação, a sua implementação.

Em teoria, o sistema pode funcionar porque se a produção for aumentada graças à tecnologia a oferta será tanta que o preço de qualquer produto se tornaria ridículo. Afinal de contas, uma máquina não precisa de fazer intervalos, não recebe ordenado e não requer um seguro de saúde ou benefícios. Para além disso só trabalharia quem queria porque mais de metade dos postos de trabalho iriam desaparecer.

O grande argumento usado para desacreditar a sociedade sem dinheiro é o comportamento humano. Resumidamente a teoria é que os humanos são inerentemente competitivos, gananciosos e só pensam em si mesmos, implicando que, independentemente de quão boas tecnicamente as coisas são na sociedade, haverão sempre pessoas corruptas que querem abusar dos outros e procurar o domínio.

Este argumento leva-nos à grande questão da natureza vs educação: É a responsabilidade da estrutura genética dos indivíduos que faz deles uns supostos criminosos? Ou é o meio em que são criados que determina isto? Como sabemos ainda não existe uma resposta considerada 100% correcta para este tema mas se pensarmos bem não existe uma "natureza humana" fixa e predeterminada. Os nossos valores, métodos e acções desenvolvem-se decorrentes de experiências. (Um bebé chinês, levado à nascença e criado por uma família britânica em Inglaterra, desenvolverá a língua, o dialecto, maneirismos, tradições e sotaque da cultura britânica.)

Logo, nós só pensamos que é impossível porque, como expressado anteriormente (pergunta 1), no sistema monetário perpétua a corrupção, a estratificação, a escassez e a insuficiência e é óbvio que a decência não pode existir num mundo de competição, desequilíbrio de riqueza, pobreza e privação.

O grande problema é que ao invés de considerarmos as causas-raiz dos problemas, escolhemos a saída mais fácil, e frequentemente removemos os "criminosos" prendendo-os. A fonte de qualquer suposto crime é, na verdade, a própria sociedade. Se toda a gente tiver acesso a tudo já não existe qualquer vantagem em roubar. Hoje em dia, os únicos crimes que não são derivados do sistema monetário são os passionais e estes correspondem a menos de 5%. Pelo que, seriam apenas estes que existiriam numa economia baseada em recursos.

O último argumento usado contra esta teoria é o incentivo ou seja é assumido que, se as pessoas não fossem motivadas pela sua necessidade de obter dinheiro, nada seria inventado e pouco progresso social seria alcançado.

Em primeiro lugar é bom recordar que as grandes contribuições para a sociedade não vieram de pessoas que procuravam lucro. Louis Pasteur, Charles Darwin, os irmãos Wright, Albert Einstein e Isaac Newton não fizeram as suas maciças contribuições para a sociedade por causa do seu próprio interesse material. Enquanto é verdade que métodos e invenções úteis podem vir da motivação do ganho pessoal, a intenção por trás dessas criações, tipicamente não tem, nada a ver com o ganho pessoal mas sim com o prazer que dá o reconhecimento do nosso trabalho. Por exemplo o criador do Facebook não o fez para ganhar dinheiro mas sim para ganhar estatuto social e se tornar conhecido. O simples facto de as pessoas usarem o que criamos ou terem em conta o que descobrimos chega para compensar o trabalho (quando falamos de trabalho não estamos a falar de passar 8 ou mais horas em frente de uma secretária mas sim dedicarmos o tempo que queremos a estudar algo e trabalhar nisso).

Em último lugar e como referimos no início o grande problema é a implementação porque a mudança de mentalidades e hábitos é lenta e para uma sociedade como esta funcionar a mentalidade das pessoas tem de ser completamente diferente em relação à actual.

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